Porfiria + Gastroplástia - Relato de Caso.

Pesquisando na internet achei um caso igual ao meu, uma crise de Porfiria após realização de Gastroplástia. Agora me deu curiosidade em saber se a tal paciente tb teve que reverter a Redução de estomago e se voltou a ter crises de porfiria ou engordar... ??

Segue parte do Relato de caso, e ao final coloco o link, caso queiram ler o relato completo. Se um dia por acaso a paciente venha a ler este meu post, entre em contato comigo, vamos trocar idéias!!


RELATO DO CASO

"Paciente do sexo feminino, 31 anos, branca, deu entrada na unidade de terapia intensiva do Hospital Iamada, em Presidente Prudente (SP), com quadro de rebaixamento do nível de consciência e desconforto respiratório há 12 horas. Havia sido admitida neste hospital sete dias antes, com quadro de dor abdominal e lombar de forte intensidade; associada a náuseas, vômitos e inapetência. Na enfermaria evoluiu com agitação psicomotora, confusão mental e alucinações. 

Ao exame físico apresentava-se torporosa, confusa, atendendo a solicitações verbais, desidratada (++/4+), taquicárdica (136bpm), taquipneica (36irpm), hipertensa (180x100mmHg) com abdome globoso, flácido, ruídos hidroaéreos presentes, difusamente doloroso a palpação superficial e profunda, com massa palpável no hipogástrio, dolorosa, não pulsátil. Havia tetraparesia proximal com tônus muscular preservado, reflexos tendinosos lentificados, reflexo cutâneo plantar em flexão, pupilas midriáticas, porém isocóricas e fotorreagentes.

Havia história pregressa de cirurgia bariátrica (gastroplastia com derivação intestinal) há 3 semanas, ocorrida sem intercorrências no pós-operatório precoce e não havia outros antecedentes ou fatores de comorbidade. Após a sondagem vesical, instituída na admissão da UTI, foram obtidos 2.000 ml de urina vermelho escura. Diante da gravidade do quadro foram instauradas medidas de suporte com oxigênio inalatório por máscara e reposição volêmica.

(...)

Confirmando-se o diagnóstico foi prontamente instituído o tratamento com dieta rica em carboidratos: dieta enteral através da gastrostomia, em gotejamento contínuo, 60 ml/h em 20 horas sendo hipercalórica (2370 calorias), hipoproteica (35,55 g de proteínas), hiperlipídica (113,28g de lipídeos) e rica em carboidratos (302,41 g). Associado a isto, foi utilizado módulo de carboidratos (100% oligossacarídeos – maltodextrina) 72 g/dia para completar a recomendação estabelecida para PAI (300 a 400 g/dia), totalizando 374,41 g de carboidratos por dia. 

Concomitantemente, a paciente se alimentava por via oral em pequenas quantidades seguindo o protocolo de orientação nutricional pós gastroplastia com quantidades reduzidas de açúcares para que não ocorresse a síndrome de doping induzida pelo desvio intestinal feito na cirurgia bariátrica. Não foi possível iniciar terapêutica específica com hematina ou arginato de heme por dificuldade de obtenção destes medicamentos no Brasil. 

A paciente evoluiu com melhora clínica gradativa e recebeu alta da UTI após 15 dias da internação, consciente, orientada, sem sinais de mielinólise pontina ou extra-pontina, porém ainda com redução da força muscular. Na unidade de internação a conduta nutricional se manteve a mesma durante todo o período. Passadas duas semanas, recebeu alta hospitalar com a seguinte orientação dietoterápica: 

1) via oral: dieta branda, sucos de frutas não ácidas e vitamina com leite semi-desnatado a cada 2 horas, na quantidade que a paciente tolerasse com redução de carboidratos simples, para não ocorrer a síndrome de dumping; 

2) via gastrostomia: dieta industrializada hipercalórica, nutricionalmente completa pronta para uso e dieta artesanal rica em carboidratos de alto índice glicêmico administrada em gotejamento gravitacional intermitente a cada 3 horas, com pausa durante a noite. 

O acompanhamento nutricional teve continuidade em âmbito ambulatorial, até que fosse possível a retirada da alimentação através da sonda de gastrostomia e ingestão, por via oral, dos suprimentos calórico, protéico e vitamínico-mineral necessários para o bem estar clínico da paciente. Houve recuperação completa da força muscular após 8 meses do evento agudo."

Fonte: Scielo.

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